Imagine que você está no ônibus
indo para o trabalho. Quando você passa por um prédio, o celular pergunta se
você gostaria de ouvir uma reportagem em áudio sobre um evento que aconteceu
por lá.
Então logo depois você recebe um
SMS em seu celular, de uma outra emissora, pedindo para que você escreva de
volta dizendo se você está preso no trânsito. Esta mesma estação usa esta
informação para criar uma mapa do tráfego em tempo real, em seu site.
Em seguida, uma mensagem no
Twitter pede para que você escolha três músicas que você gostaria de ouvir no
próximo programa.
Este é o futuro do rádio
Muitas emissoras de rádio estão
sofrendo, já que os jovens perderam o hábito de ouvir rádio em FM e AM. Na
verdade, muito poucos dos meus alunos na Universidade Fordham tem, ao menos, um
rádio relógio.
Mas a imagem do rádio cansativo
pode mudar, utilizando as mídias sociais e outras tecnologias de comunicação
para envolver o seu público.
As estações de rádio já estão
migrando rapidamente para as mídias sociais. Parte desse esforço inclui coisas
óbvias como feeds do Twitter e Facebook. Mas isso tudo vai se expandir ainda
mais, como nas diferentes e novas maneiras de enviar e receber informações.
A mídia social é claramente um sucesso para
agregar alguns jovens ouvintes. Pessoas com menos de 30 anos podem não
sintonizar o rádio regularmente, mas se alguém envia um link para algum acesso
em áudio, quem sabe. E se ouvem e gostam do que ouvem, então eles poderiam
entrar em sintonia com um programa de rádio, ou até assinar um podcast. A
experiência mostra que um bom conteúdo vai atrair mais ouvintes, se eles simplesmente
gostarem deste conteúdo.
A tecnologia também está transformando a transmissão de rádio. Qualquer pessoa pode
transmitir uma programação direto do computador de casa e entregá-la em
praticamente qualquer dispositivo móvel.
Isso significa que o rádio terrestre, sem
dúvida, vai deixar de existir um dia, mas duvido que esse vai ser o fim do
rádio. As estações continuarão a existir, mas eles vão distribuir os seus
programas digitalmente, e usar o dinheiro que gastam em radiodifusão em FM e AM
para criar conteúdos em seu lugar.
Isso pode ser uma boa coisa no
longo prazo, porque o dinheiro das emissoras servirá para contratar mais
pessoal, com bom conhecimento de tecnologia da informação, ao invés de investir
em equipamentos de transmissão grandes e caros.
A difusão na Internet já permite
que as pessoas ouçam as rádios de muito, muito longe, aumentando a audiência e,
com isso, aumentando potencialmente as receitas.
No final, porém, o futuro da
comunicação em áudio gira em torno do “conteúdo”. Rádio não é somente fornecer
grandes relatórios, mas é também entregar um editorial consistente e valioso,
onde a participação dos ouvintes faz todo o sentido na multiplicidade de
informações que chegam aos milhares diariamente.
Em resumo: não importa o sistema ou meio de
entrega, o que realmente mantém o jornalismo é o forte conteúdo, e usando a
tecnologia para melhorar o seu conteúdo, o rádio pode manter-se não só vivo,
mas vibrante.
Fonte: Beth Knobel (Co-autora do Livro “Heat
and Light: Advice for the Next Generation of Journalists) da CBS News
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