Monday, December 15, 2014

Qual diferença do Am e Fm



AM significa "Amplitude Modulada", ou seja, a amplitude da onda de rádio. Nesse tipo de frequência, é a amplitude (a força da onda) que é mudada.

Uma das vantagens das emissões em AM é a sua capacidade de propagação, que permite, com um emissor de potência relativamente baixa, atingir longas distância, devido à refletividade das ondas eletromagnéticas (ou hertzianas) numa região atmosférica eletrificada chamada ionosfera e pela superfície da terra.

FM significa "Frequência Modulada", nela não é a amplitude que é modulada, e sim a frequência da onda de rádio. Isto é, os picos positivos do sinal modulado representam frequências mais elevadas e umas os picos negativos apresentam frequências mais baixas.

Desse modo os rádios FM são menos sujeitos a interferência causada por "ruídos" eletromagnéticos (raios ou mesmo emissões de estações de rádio, TV ou radioamadores etc.), mas não tem o alcance das Ams.
 Estes sinais modulados, AM ou FM, são detectados pelo receptor de rádio, quando ajustados a uma frequência particular, que é passada então por uma série de circuitos a fim de decodificar e reproduzir o som original.

AM



Possui uma linguagem mais calorosa e mais próxima do ouvinte. Os programas produzidos para o AM buscam maior intimidade com o ouvinte. Falam mais perto do ouvido, para chegar mais rápido ao coração.
Embora as emissoras no AM também busquem a segmentação junto ao público ouvinte, é notória a preocupação com a cumplicidade e participação de quem ouve a rádio. Seja na notícia, na utilidade pública ou no entretenimento a linguagem do AM tem sua linguagem própria - mais extensiva e explicativa.
O produtor de um programa no AM vai preocupar-se mais com o preenchimento do tempo da programação com diálogos, conversas e a palavra do comunicador.
Sua tarefa é preencher um programa com 70% de comunicação e 30% com músicas, quando não eliminar as músicas, no caso de uma rádio News (rádio de notícias).

Encontramos comumente programas de caráter mais popular preenchendo as seguintes características:

FM



Sua linguagem é mais direta e objetiva, visando buscar o ouvinte pela instantaneidade. O perfil do ouvinte do FM não é ligado a uma só emissora como no AM. O ouvinte do FM busca a música ao invés do diálogo.
É comum o ouvinte mudar de estação quando a emissora veicula seus comerciais ou quando o locutor começa a falar muito.
Embora muitas emissoras no FM procurem popularizar mais sua segmentação como no AM, dificilmente conseguem estabelecer a mesma fidelidade do ouvinte com a rádio.

Ouvintes selecionados.


No FM também está presente a segmentação do ouvinte com a programação, ou seja, uma emissora que toque somente samba terá a maioria de seus ouvintes adeptos ao gênero.

Locutores dentro do gênero.

O FM apresenta ainda uma característica bem peculiar do AM, seus comunicadores segmentam também a forma de apresentar os programas.
Uma emissora que toque rock terá seus comunicadores in-flexionando uma locução dentro da linguagem do público ouvinte.
Bem como outra emissora que já seja adepta do gênero sertanejo, terá seus comunicadores assumindo uma postura mais popular e regional.
Pelo menos é esta a técnica que se tem observado nos departamentos artísticos desde o meio dos anos 80, onde a segmentação começou a ser mais presente no FM.

Tuesday, December 9, 2014

Há 75 anos, rádio transmitiu 'invasão alienígena' à Terra e assustou milhões

 Em 30 de outubro de 1938, marcianos invadiram a Terra. Pelo menos em uma transmissão de rádio que disseminou preocupação e até pânico entre os milhões de ouvintes da Columbia Broadcasting System (CBS) nos Estados Unidos. Às 21h, uma mulher entrou apavorada na 47ª delegacia de polícia de Nova York. Carregava duas crianças pequenas, roupas e mantimentos. “Estou pronta para deixar a cidade”, anunciou para os policiais, segundo relato do New York Times do dia posterior.

Na verdade, o noticiário veiculado naquela estação de rádio era uma adaptação do livro A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, narrada por Orson Welles e pela companhia teatral Mercury Theatre on the Air. No início do texto, uma mensagem avisava que a peça se constituía de ficção. Mas muitas pessoas só começaram a ouvir depois, quando a narrativa retratava a queda de um meteoro em uma fazenda de Nova Jersey e a descoberta de que o “meteoro” era uma nave cheia de alienígenas munidos de raios mortais e inclinados a exterminar a espécie humana.


No livro e na transmissão, os seres extraterrestres são descritos como marcianos, ou seja, oriundos de Marte . Antigamente, a possibilidade de vida fora da Terra era sempre associada a esse planeta. “Marte estava no imaginário popular”, lembra Ademar Gevaerd, editor da Revista UFO. “Tínha-se mais informações sobre Marte do que outros planetas. Depois foi a vez de Vênus”.
De qualquer forma, a adaptação da história de A Guerra dos Mundos teve impacto no imaginário popular. Talvez impacto maior do que esperava seu idealizador, que chegou a pedir desculpas por qualquer dano, incômodo ou problema provocado. O New York Times do dia seguinte relatou o recebimento de 875 telefonemas sobre o assunto. Em um deles, o homem perguntava a que horas seria o fim do mundo. Em outro, o leitor reclamava que todos seus convidados haviam abandonado o jantar em sua casa para fugir dos marcianos. No hospital de St. Michael, em Newark, 15 pessoas tiveram que ser atendidas por conta de choque e histeria.

A quantidade de ligações sobre o assunto era tão grande que jornalistas começaram a investigar o caso. Assim, a agência de notícias Associated Press achou conveniente emitir o seguinte comunicado: "Nota aos editores: as perguntas aos jornais de ouvintes de rádio em todo o país nesta noite a respeito de um meteoro caindo e matando pessoas em Nova Jersey são resultado de uma dramatização em estúdio".


Fonte: www.terra.com.br


CARACTERÍSTICAS DO RÁDIO



As características do rádio como meio de comunicação de massa fazem com que seja especialmente adequada para a transmissão da informação, podendo esta ser considerada a sua função principal: ela tem condições de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio.
A rádio foi o primeiro dos meios de comunicação de massa que deu imediatismo à notícia devido à possibilidade de divulgar os factos no exacto momento em que ocorrem. Permitiu que o Homem se sentisse participante de um mundo muito mais amplo do que aquele que estava ao alcance dos seus órgãos sensoriais: mediante uma ampliação da capacidade de ouvir, tornou-se possível saber o que está a acontecer em qualquer lugar do mundo (Beltrão, 1968).

Entre os meios de comunicação de massa, a rádio é o mais popular e o de maior alcance público, constituíndo-se, muitas vezes, no único a levar a informação para populações de vastas regiões que ainda hoje não têm acesso a outros meios, seja por motivos geográficos, económicos ou culturais. "Este status foi alcançado por dois factores congregados: o primeiro, de natureza fisico-psicológica - o facto de ter o Homem a capacidade de captar e reter a mensagem falada e sonora simultaneamente com a execução de outra actividade que não a especificamente receptiva; o outro, de natureza tecnológica - a descoberta do transitor" (Beltão,1968 p:112,113).
Uma das grandes vantagens da rádio sob o jornalismo impresso é que, além de informar, diverte. Além disso vence a distância sem que o repórter necessite sair do próprio local do acontecimento para transmitir notícias e está ao alcance de todos, inclusivé dos iletrados.
Dos restantes meios de comunicação de massas, a rádio é o mais privilegiado devido às suas características intrínsecas. Entre elas podemos destacar a linguagem oral, a mobilidade, o baixo custo, o imediatismo e a instantaneidade, a sensorialidade, a autonomia e a penetração (Lopes, s.d.).

No que se refere à linguagem convém realçar que, na informação radiofónica, ela é simples e caracterizada pela repetição de conceitos de modo a que o ouvinte possa assimilar a ideia que se pretende comunicar. Eliminar o supérfluo para não desvirtuar o significado da mensagem tornou-se um imperativo. Assim, a naturalidade de expressão prevalece em detrimento das palavras confusas e das frases complicadas, isto para que o ouvinte não se sinta forçado a esforços superiores à sua compreensão normal.
Numa emissão informativa todas as mensagens devem estar condicionadas a um ritmo. A harmonia dá-a o locutor que frequentemente utiliza separadores musicais ou ruídos com efeitos equivalentes aos parágrafos. Todo esse mosaico permite uma variedade que corta a monotonia da linguagem e, simultaneamente, retém a atenção do ouvinte (Meditsch,1999).

A rádio "fala" e, para receber a mensagem, é somente necessário ouvir. Portanto, a rádio tem uma grande vantagem sobre os veículos impressos: é que, entre o público radiofónico, pode estar incluído a faixa da população analfabeta que no caso do jornalismo impresso está eliminada à priori. Relativamente à televisão, o espectador também não precisa saber ler, apesar de cada vez mais, o alfabeto ser utilizado para veicular informações adicionais importantes que escapam ao iletrado, nomeadamente o nome do entrevistado e o local do acontecimento.
No que concerne à mobilidade, esta pode ser vista sob o prisma do emissor e do receptor.
Sendo menos complexa tecnicamente do que a televisão, a rádio pode estar presente com mais facilidade no local dos acontecimentos e transmitir as informações mais rapidamente do que a televisão (Lopes, s.d.).
Em comparação com a imprensa, a rádio reúne inúmeras vantagens, principalmente na emissão. As suas mensagens não requerem, necessariamente, preparo anterior podendo ser elaboradas enquanto estão a ser transmitidas. Além disso, a rádio elimina o aspecto crucial da distribuição: quem estiver predisposto a ouvir rádio, está apto a receber a informação com a utilização das unidades móveis de transmissão, as emissoras praticamente se deslocam, podendo emitir de qualquer lugar dentro do seu raio de acção.
Por sua vez, o receptor está livre de fios e tomadas. Por um lado, a rádio permite ao ouvinte conhecer a actualidade mundial sem sair de casa, por outro, pode conhecê-la durante uma viagem, no carro ou no trabalho. As características do rádio como meio de comunicação de massa fazem com que ele seja especialmente adequado para a transmissão da informação, que pode ser considerada como a sua função principal: a rádio tem condições de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio.

O tamanho diminuto de um receptor de rádio torna-o facilmente transportável permitindo, inclusive, uma recepção individualizada em lugares públicos. É, pois, o baixo custo do aparelho receptor que permite a sua aquisição a uma parcela extremamente vasta da população.
Na rádio, os factos podem ser transmitidos no instante em que ocorrem. Por isso, o imediatismo e a instantaneidade são as características básicas do radiojornalismo (Meditsch, 1999).

O aparato técnico para a transmissão é menos complexo que o da televisão e não exige a elaboração necessária dos impressos. A rádio permite trazer o mundo ao ouvinte enquanto os acontecimentos se desenrolam. A mensagem tem que ser recebida no momento em que é transmitida, caso contrário deixa de fazer sentido. Se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele instante, a mensagem não o atingirá e não é possível deixar para ouvir a mensagem em condições mais adequadas.
No que se refere à sensorialidade, a rádio envolve o ouvinte fazendo-o participar por meio de criação de um "diálogo mental" com o emissor. Em simultâneo, desperta a imaginação através da emocionalidade das palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as mensagens tenham nuances individuais.
Devido à sua autonomia, a rádio deixou de ser um meio de recepção colectiva e tornou-se individualizado. Esta característica permite ao emissor falar para toda a sua audiência como se falasse para cada ouvinte em particular. Com a actividade de ouvir podem desenvolver-se outras tarefas e, por isso, a rádio torna-se um "pano de fundo" em qualquer ambiente, despertando a atenção do ouvinte quando a mensagem é do seu interesse. Com a rádio podemos ouvir as notícias ao mesmo tempo que efectuamos outros trabalhos, o mesmo já não acontece com o telejornal televisivo se pretendermos associar a notícia à sua respectiva imagem.

No que se refere à penetração, em termos geográficos o rádio é o mais abrangente dos meios, podendo chegar aos pontos mais remotos e ser de alcance nacional ou mundial. A rádio é um «veículo de alcance universal, que pode levar a sua mensagem a qualquer parte do globo, no mesmo instante unindo populações antípodas - o rádio entretanto é de natureza eminentemente regional, quanto à sua principal audiência» (Beltrão,1968 p:114).
Catarina Amaral
4º Ano do Curso de Comunicação Social