Tuesday, January 6, 2015

Futuro do Rádio

Imagine que você está no ônibus indo para o trabalho. Quando você passa por um prédio, o celular pergunta se você gostaria de ouvir uma reportagem em áudio sobre um evento que aconteceu por lá.
Então logo depois você recebe um SMS em seu celular, de uma outra emissora, pedindo para que você escreva de volta dizendo se você está preso no trânsito. Esta mesma estação usa esta informação para criar uma mapa do tráfego em tempo real, em seu site.
Em seguida, uma mensagem no Twitter pede para que você escolha três músicas que você gostaria de ouvir no próximo programa.

Este é o futuro do rádio

Muitas emissoras de rádio estão sofrendo, já que os jovens perderam o hábito de ouvir rádio em FM e AM. Na verdade, muito poucos dos meus alunos na Universidade Fordham tem, ao menos, um rádio relógio.
Mas a imagem do rádio cansativo pode mudar, utilizando as mídias sociais e outras tecnologias de comunicação para envolver o seu público.
As estações de rádio já estão migrando rapidamente para as mídias sociais. Parte desse esforço inclui coisas óbvias como feeds do Twitter e Facebook. Mas isso tudo vai se expandir ainda mais, como nas diferentes e novas maneiras de enviar e receber informações.
 A mídia social é claramente um sucesso para agregar alguns jovens ouvintes. Pessoas com menos de 30 anos podem não sintonizar o rádio regularmente, mas se alguém envia um link para algum acesso em áudio, quem sabe. E se ouvem e gostam do que ouvem, então eles poderiam entrar em sintonia com um programa de rádio, ou até assinar um podcast. A experiência mostra que um bom conteúdo vai atrair mais ouvintes, se eles simplesmente gostarem deste conteúdo.
 A tecnologia também está transformando a  transmissão de rádio. Qualquer pessoa pode transmitir uma programação direto do computador de casa e entregá-la em praticamente qualquer dispositivo móvel.
 Isso significa que o rádio terrestre, sem dúvida, vai deixar de existir um dia, mas duvido que esse vai ser o fim do rádio. As estações continuarão a existir, mas eles vão distribuir os seus programas digitalmente, e usar o dinheiro que gastam em radiodifusão em FM e AM para criar conteúdos em seu lugar.

Isso pode ser uma boa coisa no longo prazo, porque o dinheiro das emissoras servirá para contratar mais pessoal, com bom conhecimento de tecnologia da informação, ao invés de investir em equipamentos de transmissão grandes e caros.
A difusão na Internet já permite que as pessoas ouçam as rádios de muito, muito longe, aumentando a audiência e, com isso, aumentando potencialmente as receitas.
No final, porém, o futuro da comunicação em áudio gira em torno do “conteúdo”. Rádio não é somente fornecer grandes relatórios, mas é também entregar um editorial consistente e valioso, onde a participação dos ouvintes faz todo o sentido na multiplicidade de informações que chegam aos milhares diariamente.
 Em resumo: não importa o sistema ou meio de entrega, o que realmente mantém o jornalismo é o forte conteúdo, e usando a tecnologia para melhorar o seu conteúdo, o rádio pode manter-se não só vivo, mas vibrante.

Fonte: Beth Knobel (Co-autora do Livro “Heat and Light: Advice for the Next Generation of Journalists) da CBS News

Monday, December 15, 2014

Qual diferença do Am e Fm



AM significa "Amplitude Modulada", ou seja, a amplitude da onda de rádio. Nesse tipo de frequência, é a amplitude (a força da onda) que é mudada.

Uma das vantagens das emissões em AM é a sua capacidade de propagação, que permite, com um emissor de potência relativamente baixa, atingir longas distância, devido à refletividade das ondas eletromagnéticas (ou hertzianas) numa região atmosférica eletrificada chamada ionosfera e pela superfície da terra.

FM significa "Frequência Modulada", nela não é a amplitude que é modulada, e sim a frequência da onda de rádio. Isto é, os picos positivos do sinal modulado representam frequências mais elevadas e umas os picos negativos apresentam frequências mais baixas.

Desse modo os rádios FM são menos sujeitos a interferência causada por "ruídos" eletromagnéticos (raios ou mesmo emissões de estações de rádio, TV ou radioamadores etc.), mas não tem o alcance das Ams.
 Estes sinais modulados, AM ou FM, são detectados pelo receptor de rádio, quando ajustados a uma frequência particular, que é passada então por uma série de circuitos a fim de decodificar e reproduzir o som original.

AM



Possui uma linguagem mais calorosa e mais próxima do ouvinte. Os programas produzidos para o AM buscam maior intimidade com o ouvinte. Falam mais perto do ouvido, para chegar mais rápido ao coração.
Embora as emissoras no AM também busquem a segmentação junto ao público ouvinte, é notória a preocupação com a cumplicidade e participação de quem ouve a rádio. Seja na notícia, na utilidade pública ou no entretenimento a linguagem do AM tem sua linguagem própria - mais extensiva e explicativa.
O produtor de um programa no AM vai preocupar-se mais com o preenchimento do tempo da programação com diálogos, conversas e a palavra do comunicador.
Sua tarefa é preencher um programa com 70% de comunicação e 30% com músicas, quando não eliminar as músicas, no caso de uma rádio News (rádio de notícias).

Encontramos comumente programas de caráter mais popular preenchendo as seguintes características:

FM



Sua linguagem é mais direta e objetiva, visando buscar o ouvinte pela instantaneidade. O perfil do ouvinte do FM não é ligado a uma só emissora como no AM. O ouvinte do FM busca a música ao invés do diálogo.
É comum o ouvinte mudar de estação quando a emissora veicula seus comerciais ou quando o locutor começa a falar muito.
Embora muitas emissoras no FM procurem popularizar mais sua segmentação como no AM, dificilmente conseguem estabelecer a mesma fidelidade do ouvinte com a rádio.

Ouvintes selecionados.


No FM também está presente a segmentação do ouvinte com a programação, ou seja, uma emissora que toque somente samba terá a maioria de seus ouvintes adeptos ao gênero.

Locutores dentro do gênero.

O FM apresenta ainda uma característica bem peculiar do AM, seus comunicadores segmentam também a forma de apresentar os programas.
Uma emissora que toque rock terá seus comunicadores in-flexionando uma locução dentro da linguagem do público ouvinte.
Bem como outra emissora que já seja adepta do gênero sertanejo, terá seus comunicadores assumindo uma postura mais popular e regional.
Pelo menos é esta a técnica que se tem observado nos departamentos artísticos desde o meio dos anos 80, onde a segmentação começou a ser mais presente no FM.

Tuesday, December 9, 2014

Há 75 anos, rádio transmitiu 'invasão alienígena' à Terra e assustou milhões

 Em 30 de outubro de 1938, marcianos invadiram a Terra. Pelo menos em uma transmissão de rádio que disseminou preocupação e até pânico entre os milhões de ouvintes da Columbia Broadcasting System (CBS) nos Estados Unidos. Às 21h, uma mulher entrou apavorada na 47ª delegacia de polícia de Nova York. Carregava duas crianças pequenas, roupas e mantimentos. “Estou pronta para deixar a cidade”, anunciou para os policiais, segundo relato do New York Times do dia posterior.

Na verdade, o noticiário veiculado naquela estação de rádio era uma adaptação do livro A Guerra dos Mundos, de H. G. Wells, narrada por Orson Welles e pela companhia teatral Mercury Theatre on the Air. No início do texto, uma mensagem avisava que a peça se constituía de ficção. Mas muitas pessoas só começaram a ouvir depois, quando a narrativa retratava a queda de um meteoro em uma fazenda de Nova Jersey e a descoberta de que o “meteoro” era uma nave cheia de alienígenas munidos de raios mortais e inclinados a exterminar a espécie humana.


No livro e na transmissão, os seres extraterrestres são descritos como marcianos, ou seja, oriundos de Marte . Antigamente, a possibilidade de vida fora da Terra era sempre associada a esse planeta. “Marte estava no imaginário popular”, lembra Ademar Gevaerd, editor da Revista UFO. “Tínha-se mais informações sobre Marte do que outros planetas. Depois foi a vez de Vênus”.
De qualquer forma, a adaptação da história de A Guerra dos Mundos teve impacto no imaginário popular. Talvez impacto maior do que esperava seu idealizador, que chegou a pedir desculpas por qualquer dano, incômodo ou problema provocado. O New York Times do dia seguinte relatou o recebimento de 875 telefonemas sobre o assunto. Em um deles, o homem perguntava a que horas seria o fim do mundo. Em outro, o leitor reclamava que todos seus convidados haviam abandonado o jantar em sua casa para fugir dos marcianos. No hospital de St. Michael, em Newark, 15 pessoas tiveram que ser atendidas por conta de choque e histeria.

A quantidade de ligações sobre o assunto era tão grande que jornalistas começaram a investigar o caso. Assim, a agência de notícias Associated Press achou conveniente emitir o seguinte comunicado: "Nota aos editores: as perguntas aos jornais de ouvintes de rádio em todo o país nesta noite a respeito de um meteoro caindo e matando pessoas em Nova Jersey são resultado de uma dramatização em estúdio".


Fonte: www.terra.com.br


CARACTERÍSTICAS DO RÁDIO



As características do rádio como meio de comunicação de massa fazem com que seja especialmente adequada para a transmissão da informação, podendo esta ser considerada a sua função principal: ela tem condições de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio.
A rádio foi o primeiro dos meios de comunicação de massa que deu imediatismo à notícia devido à possibilidade de divulgar os factos no exacto momento em que ocorrem. Permitiu que o Homem se sentisse participante de um mundo muito mais amplo do que aquele que estava ao alcance dos seus órgãos sensoriais: mediante uma ampliação da capacidade de ouvir, tornou-se possível saber o que está a acontecer em qualquer lugar do mundo (Beltrão, 1968).

Entre os meios de comunicação de massa, a rádio é o mais popular e o de maior alcance público, constituíndo-se, muitas vezes, no único a levar a informação para populações de vastas regiões que ainda hoje não têm acesso a outros meios, seja por motivos geográficos, económicos ou culturais. "Este status foi alcançado por dois factores congregados: o primeiro, de natureza fisico-psicológica - o facto de ter o Homem a capacidade de captar e reter a mensagem falada e sonora simultaneamente com a execução de outra actividade que não a especificamente receptiva; o outro, de natureza tecnológica - a descoberta do transitor" (Beltão,1968 p:112,113).
Uma das grandes vantagens da rádio sob o jornalismo impresso é que, além de informar, diverte. Além disso vence a distância sem que o repórter necessite sair do próprio local do acontecimento para transmitir notícias e está ao alcance de todos, inclusivé dos iletrados.
Dos restantes meios de comunicação de massas, a rádio é o mais privilegiado devido às suas características intrínsecas. Entre elas podemos destacar a linguagem oral, a mobilidade, o baixo custo, o imediatismo e a instantaneidade, a sensorialidade, a autonomia e a penetração (Lopes, s.d.).

No que se refere à linguagem convém realçar que, na informação radiofónica, ela é simples e caracterizada pela repetição de conceitos de modo a que o ouvinte possa assimilar a ideia que se pretende comunicar. Eliminar o supérfluo para não desvirtuar o significado da mensagem tornou-se um imperativo. Assim, a naturalidade de expressão prevalece em detrimento das palavras confusas e das frases complicadas, isto para que o ouvinte não se sinta forçado a esforços superiores à sua compreensão normal.
Numa emissão informativa todas as mensagens devem estar condicionadas a um ritmo. A harmonia dá-a o locutor que frequentemente utiliza separadores musicais ou ruídos com efeitos equivalentes aos parágrafos. Todo esse mosaico permite uma variedade que corta a monotonia da linguagem e, simultaneamente, retém a atenção do ouvinte (Meditsch,1999).

A rádio "fala" e, para receber a mensagem, é somente necessário ouvir. Portanto, a rádio tem uma grande vantagem sobre os veículos impressos: é que, entre o público radiofónico, pode estar incluído a faixa da população analfabeta que no caso do jornalismo impresso está eliminada à priori. Relativamente à televisão, o espectador também não precisa saber ler, apesar de cada vez mais, o alfabeto ser utilizado para veicular informações adicionais importantes que escapam ao iletrado, nomeadamente o nome do entrevistado e o local do acontecimento.
No que concerne à mobilidade, esta pode ser vista sob o prisma do emissor e do receptor.
Sendo menos complexa tecnicamente do que a televisão, a rádio pode estar presente com mais facilidade no local dos acontecimentos e transmitir as informações mais rapidamente do que a televisão (Lopes, s.d.).
Em comparação com a imprensa, a rádio reúne inúmeras vantagens, principalmente na emissão. As suas mensagens não requerem, necessariamente, preparo anterior podendo ser elaboradas enquanto estão a ser transmitidas. Além disso, a rádio elimina o aspecto crucial da distribuição: quem estiver predisposto a ouvir rádio, está apto a receber a informação com a utilização das unidades móveis de transmissão, as emissoras praticamente se deslocam, podendo emitir de qualquer lugar dentro do seu raio de acção.
Por sua vez, o receptor está livre de fios e tomadas. Por um lado, a rádio permite ao ouvinte conhecer a actualidade mundial sem sair de casa, por outro, pode conhecê-la durante uma viagem, no carro ou no trabalho. As características do rádio como meio de comunicação de massa fazem com que ele seja especialmente adequado para a transmissão da informação, que pode ser considerada como a sua função principal: a rádio tem condições de transmitir a informação com mais rapidez do que qualquer outro meio.

O tamanho diminuto de um receptor de rádio torna-o facilmente transportável permitindo, inclusive, uma recepção individualizada em lugares públicos. É, pois, o baixo custo do aparelho receptor que permite a sua aquisição a uma parcela extremamente vasta da população.
Na rádio, os factos podem ser transmitidos no instante em que ocorrem. Por isso, o imediatismo e a instantaneidade são as características básicas do radiojornalismo (Meditsch, 1999).

O aparato técnico para a transmissão é menos complexo que o da televisão e não exige a elaboração necessária dos impressos. A rádio permite trazer o mundo ao ouvinte enquanto os acontecimentos se desenrolam. A mensagem tem que ser recebida no momento em que é transmitida, caso contrário deixa de fazer sentido. Se o ouvinte não estiver exposto ao meio naquele instante, a mensagem não o atingirá e não é possível deixar para ouvir a mensagem em condições mais adequadas.
No que se refere à sensorialidade, a rádio envolve o ouvinte fazendo-o participar por meio de criação de um "diálogo mental" com o emissor. Em simultâneo, desperta a imaginação através da emocionalidade das palavras e dos recursos de sonoplastia, permitindo que as mensagens tenham nuances individuais.
Devido à sua autonomia, a rádio deixou de ser um meio de recepção colectiva e tornou-se individualizado. Esta característica permite ao emissor falar para toda a sua audiência como se falasse para cada ouvinte em particular. Com a actividade de ouvir podem desenvolver-se outras tarefas e, por isso, a rádio torna-se um "pano de fundo" em qualquer ambiente, despertando a atenção do ouvinte quando a mensagem é do seu interesse. Com a rádio podemos ouvir as notícias ao mesmo tempo que efectuamos outros trabalhos, o mesmo já não acontece com o telejornal televisivo se pretendermos associar a notícia à sua respectiva imagem.

No que se refere à penetração, em termos geográficos o rádio é o mais abrangente dos meios, podendo chegar aos pontos mais remotos e ser de alcance nacional ou mundial. A rádio é um «veículo de alcance universal, que pode levar a sua mensagem a qualquer parte do globo, no mesmo instante unindo populações antípodas - o rádio entretanto é de natureza eminentemente regional, quanto à sua principal audiência» (Beltrão,1968 p:114).
Catarina Amaral
4º Ano do Curso de Comunicação Social

Tuesday, November 4, 2014

Fatos que antecederam o Rádio 

As Revoluções no mundo
Assim como se verificara em 1820, quando as revoluções explodiram na Alemanha, Itália, Grécia, Portugal (Revolução liberal do Porto) e Espanha (Revolução de Cádiz) - as duas últimas com repercussões na América Espanhola e no Brasil -, a Europa foi convulsionada por nova onda revolucionária em 1830.
Em 1830 , o movimento que ficou conhecido como a Revolução dos Três Dias Gloriosos , pois se deu nos dias 27 , 28 e 29 de Julho de 1830, levou Carlos X a renunciar . Luís Felipe, representante dos interesses liberais e burgueses, assumiu o trono. Assim a Revolução iniciada na França em 1830 se espalhou por diversos locais da Europa.
Iniciadas na França, as Revoluções liberais alastraram-se pela Europa: a Bélgica se libertou da Holanda e houve tentativas (fracassadas) de unificação da Alemanha e da Itália e de libertação da Polônia. O movimento teve também posteriores repercussões em Portugal e Espanha. No Brasil, no dia 7 de Abril de 1831, um forte movimento de oposição popular levou o Imperador Dom Pedro I à abdicação. Em 1829, a Grécia já se libertara da dominação turca.
O pano de fundo foi comum: propagação do liberalismo e nacionalismo como ideologias; a sub produção agrícola (acarretando alta de preços de gêneros alimentícios) e o subconsumo industrial (provocando falência de fábricas e o desemprego do proletariado); descontentamento do proletariado urbano, devido ao desemprego, a salários baixos e à alta do custo de vida; descontentamento da burguesia, excluída do poder político e atingida pela crise econômica.

Como era o Brasil que antecedeu o rádio
"Brasil Imperial" e "Brasil Monárquico"

foi um Estado que existiu durante o século XIX e que compreendia grande parte dos territórios que formam o Brasil e o Uruguai modernos. Seu governo era uma monarquia constitucional parlamentar representativa sob o domínio dos imperadores D. Pedro I e de seu filho, D. Pedro II, ambos membros da Casa de Bragança. No mesmo ano em que o fisco Michael Faraday começava uas experiência para a invenção do telegrafo no brasil em 7 de abril de 1831 D. Pedro I imediatamente partiu para a Europa para devolver o trono português à filha.
O sucessor de D. Pedro I era seu filho de cinco anos de idade, D. Pedro II. Enquanto o menino era menor de idade, uma   foi criada. O vácuo de poder resultante da ausência da decisão do monarca como o árbitro final em disputas políticas levou a guerras civis regionais entre facções locais. Ao herdar um império à beira da desintegração, D. Pedro II, uma vez declarado maior de idade, conseguiu trazer paz e estabilidade ao país, que se tornou uma potência internacional emergente. O Brasil saiu vitorioso de três conflitos internacionais (a Guerra do Prata, a Guerra do Uruguai e a Guerra do Paraguai) e prevaleceu em várias outras disputas internacionais e conflitos internos durante o governo do segundo reinado. Com a prosperidade e o desenvolvimento econômico veio também um fluxo de imigração de europeus, inclusive de protestantes e judeus, embora o Brasil tenha se mantido com uma população majoritariamente católica. A escravidão, que tinha sido inicialmente difundida, foi restringida por sucessivas legislações até à sua abolição definitiva, em 1888. As artes, a literatura e o teatro brasileiros desenvolveram-se durante este tempo de progresso. Embora fortemente influenciado por estilos europeus que variavam do neoclassicismo ao romantismo, cada conceito foi adaptado para criar uma cultura exclusivamente brasileira.
Apesar das últimas quatro décadas do reinado de D. Pedro II terem sido marcadas por paz interna e prosperidade econômica contínuas, ele, pessoalmente, não tinha vontade de que a monarquia sobrevivesse além de sua própria vida. Conforme o imperador crescia, ele não fez qualquer esforço para manter o apoio à instituição. Uma vez que ele não tinha herdeiros viáveis (o seguinte na linha de sucessão era sua filha P. Isabel e tanto D. Pedro II quanto as classes dominantes consideravam um monarca do sexo feminino inaceitável) líderes políticos do império acreditavam que não havia nenhuma razão para defender a monarquia. Apesar da falta de entusiasmo entre a maioria dos brasileiros para a adoção de uma forma republicana de governo, em 15 de novembro 1889, após um reinado de 58 anos, o imperador foi deposto em um repentino golpe de Estado que quase não tinha apoio popular e que foi perpetrado por um grupo de líderes militares cujo objetivo era a formação de uma república dirigida por um ditador.





Thursday, October 23, 2014

A história do megafone





A história do megafone


Os megafones, também chamados megafonos ou porta-vozes, são dispositivos utilizados para amplificar a voz humana. Eles são instantaneamente reconhecíveis pela sua distinta forma cônica, que concentra as ondas sonoras para fazê-las viajar mais longe do que normalmente viajariam. De uma forma ou de outra, esses instrumentos têm sido usados ​​por milhares de anos. O megafone elétrico, uma invenção muito mais recente, incorpora um alto-falante para amplificar ainda mais a voz.
 Invenção
Na Grécia antiga, no século 6 aC, as máscaras teatrais contavam com um bocal cônico que amplificava a voz, tornando-as os primeiros exemplos de um princípio de megafone. De acordo com o site Design Real, foi apenas em 1650 que Athanasius Kircher, um jesuíta alemão, inventou o megafone moderno. Em 1672, Sir Samuel Morland inventou a trombeta falante, uma variação do megafone de Kircher. O megafone de Morland foi construído em vários tamanhos e era considerado um instrumento.

Tipos
Os megafones ainda são encontrados em variedades acústicas sem amplificadores eletrônicos embutidos. Operados a pilhas, estão disponíveis em uma variedade de tamanhos e com uma variedade de recursos. Alguns deles oferecem opções para transmissão de música, alteração da voz e produção de sirene para controle de multidões, de acordo com o site Audiolinks.

Aplicações
Os megafones sempre foram utilizados para dirigir-se a multidões, no lugar de um microfone. Eles têm sido notoriamente utilizados como ferramentas para manifestantes, policiais, diretores, salva-vidas e políticos. Hoje, os megafones acústicos ainda são usados ​​por muitas culturas indígenas durante os ritos e cerimônias religiosas tradicionais, incluindo por culturas distintas entre si, como as africanas, brasileiras e suíças, de acordo com Audiolinks.


Fontes:

http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/tambores-falantes-telegrafo-selva-768941.shtml

Thursday, October 16, 2014

ANTES DO RADIO



DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS
Suponham que fosse possível acionar a
máquina do tempo e retornar ao passado.
Impossível? Não... A ciência tem ofertado tantas
novidades que não devemos duvidar anta certas
concepções; há alguns poucos anos muitos
inventores foram chamados de "loucos" e, no
entanto os seus legados para os pósteros estão
funcionando ao nosso lado. Vamos então à
prateleira buscar aquela caixinha, rotulada como
História da Comunicação. Ela, a caixinha, não é
maior do que um dedal, mas parte da História lá
esta preservada, devidamente escrita e ilustrada
em micro filme. Antigamente, os homens
primitivos tencionaram deixar mensagens para os
pósteros e gravaram nas pedras das cavernas.
Conseguiram... Hoje o CD-ROM e o DVD, por sua
vez, possibilitam preservar os sons e imagens de
épocas atuais e já passadas...
O meio de comunicação mais natural é a
voz humana. Os homens da pré-história
comunicavam-se pela fala, passando a
mensagem de boca em boca. Estudiosos, dizem
que na antiga Pérsia as mensagens eram
transmitidas por via oral, de pessoa para pessoa e
assim chegavam ao seu destino. Com o passar
dos tempos, séculos após séculos, muitos outros
métodos foram encontrados, mas a intuição nos
diz que as batidas do nativo no tambor podem ter
sido o primeiro passo para a comunicação à distância,
onde a voz humana não conseguia alcançar.



 As mensagens eram transmitidas por
uma combinação de batidas, conforme o código
estabelecido pelas tribos; para melhor distinguir as
batidas, os nativos encostavam a orelha no chão.
 Outros instrumentos, além daqueles de
percussão, foram e ainda são usados; por
exemplo, mesmo em nosso País, o chifre do boi,
quando adaptado convenientemente (berrante),
ao ser soprado leva longe a mensagem do boiadeiro.


Muitos métodos e instrumentos foram
inventados, buscando reduzir o tempo de
transmissão das mensagens e também dar as
mesmas a segurança do recebimento, sem haver
quebra do sigilo. Em 1667 o físico inglês Robert
Hooke sugeriu o emprego do fio esticado para
transmitir o som. Muitos leitores, na sua infância
terão brincado de telefonar, usando um fio de
barbante preso a latas de massa de tomate nas
duas extremidades.


 Foi esse o princípio de transmissão sugerido por Hooke.
Em 1684, Dom Gauthier, monge francês,
realizou experiências de telefonia acústica,
utilizando tubos pneumáticos.
E assim, sucessivamente, o homem veio
pesquisando métodos de transmissão. Ao mesmo
tempo, em campos diversos, outros
pesquisadores obtinham sucessos em
experiências que, mais tarde, viriam ter estreitas
relações com invenções realizadas muitos anos depois.

MICHAEL FARADAY


Em 1831, Michael Faraday, físico inglês,
demonstrou a possibilidade de produção de uma
corrente elétrica a partir da indução magnética (é
a comprovação da reciprocidade eletromagnetismo).
A partir de então, o mundo começou a ser
invadido por uma série de invenções que viriam
dar ao homem uma noção daquilo que Júlio Verne
prognosticou em seus inesquecíveis livros de ficção.
O homem de hoje está de tal maneira
habituado com os serviços prestados pelo
telefone, rádio, televisão e demais meios de
telecomunicação que se esquece das grandiosas
e benéficas influências que estas invenções
propiciaram e continuam provocando na civilização.
À velocidades incríveis as mensagens faladas ou
escritas e respectivas imagens assim dados de
computadores chegam em todos os lugares,
simultaneamente, transformando o mundo numa
"aldeia global". Milhões de pessoas dependem
dos seus meios para a sua convivência e para a
própria sobrevivência dos sistemas sociais onde convivem.

1837

ANO HISTÓRICO

COM O TELEGRAFO TEM INICIO AS

TELECOMUNICAÇÕES



Desde o início dos tempos, a necessidade
de transmitir palavras a grandes distâncias
conduziu o homem à busca de meios mais rápidos
de fazê-lo. No século XVII, um monge da abadia
de Citeaux propôs um sistema capaz de transmitir
a palavra, baseado na utilização de tubos. Mas,
dificuldades econômicas impediram o
desenvolvimento do seu projeto, que era muito caro.
Na mesma época, um inglês imaginou
uma espécie de telefone de barbante, que
permaneceu em uso durante algum tempo, em
regiões mais afastadas. Para compreender o
princípio e para os que não estão familiarizados
com a técnica de percepção da palavra, os sons
resultam de vibrações do ar produzidas pelas
cordas vocais: as ondas atingem o tímpano e o fa-
zem vibrar. Esta membrana transmite então a
mensagem recebida para o cérebro.
Assim, o que o imaginoso inglês fez foi
fixar em cada extremidade de um barbante um
cone fechado por uma membrana de pergaminho.
Bastava falar diante de um deles para que suas
vibrações fossem transmitidas pelo barbante até a
outra membrana, que reproduzia os sons. Este
engenhoso aparelho foi utilizado em diversos
países do mundo, até se tornar um brinquedo para
as crianças. 
 No entanto, a distância era obrigatoriamente limitada.
Naquele mesmo ano, 1837, um físico
americano, de sobrenome Pagge descobriu a
música galvânica, depois aperfeiçoada pelo
genovês Auguste de La Rive; a descoberta foi
baseada no fato de que a emissão de notas
musicais depende do número de vibrações
imprimidas no ar. O ouvido humano só pode
perceber acima de 16 vibrações por segundo. Dai
surgiu à idéia de induzir corrente num eletroímã
com um número de interrupções superior àquele
limite. Houve a surpresa: a barra imantada
produziu sons.
 Esta invenção logo provocou
inúmeras experiências no mesmo campo e
sensibilizou Philippe Reis, mestre de escola
alemão, em 1860; ele imaginou transmitir os sons
musicais à distância, usando processo
semelhante ao do telefone elétrico. Construiu, en-
tão, um aparelho parecido com uma orelha
humana, cujo tímpano era um pedaço de bexiga e
aparelhou o engenho. Foi desse modo que seus
alunos puderam ouvir deslumbrados, as músicas
que ele tocava na outra sala. Aquele aparelho,
rudimentar, pelo fato de também transmitir a voz
humana, embora de maneira imperfeita e quase
inaudível, foi chamado pelo seu inventor de
telefone "filosófico" (anos mais tarde, quando
Graham Bell registrou como seu o termo
"Telefone" Philippe Reis reclamou a prioridade,
embora nenhum dos seus aparelhos realmente
pudesse transmitir a palavra).

Em 1887 HERTZ DÁ INÍCIO AO "SEM FIO"


outra descoberta colossal viria
abrir caminho principalmente para as
comunicações hoje chamadas "sem fio". O físico
alemão Heinrich Rudolph Hertz, desenvolvendo a
teoria formulada por James Maxwell, descobriu as
ondas eletromagnéticas (hoje denominadas ondas
hertzianas); outros cientistas imprimiriam novo
caminho às suas pesquisas, culminando com a
maior de todas elas quando Lua e Terra
mantiveram comunicação pelo rádio em 1969.
Por sua vez, naquele ano, o incrível
Edison inventava o Kinotoscope, projetor de
fotografias em movimento. Muitas invenções
seriam mais tarde usadas conjuntamente, como
no caso da máquina de escrever x telefone (telex).
Em 1890 o norte-americano Herman
Hollerith inventou 3 "máquina de recensear",
capaz de computar informações do 240 diferentes
áreas, o que deu origem ao Sistema IBM dos
nossos dias, verdadeiramente revolucionário.

1893
PADRE
LANDELL DE MOURA


Um padre brasileiro, de nome Landell de
Moura também fazia experiências de
comunicação e, em 1893 realizou com êxito, em
São Paulo, as primeiras transmissões no mundo
de sinais telegráficos e de voz humana em
telefonia sem fio.
Em 1834, Guglielmo Marconi dá início, na
Itália, às experiências da telegrafia sem fio,
conseguindo, em 1895, transmitir sinais que
transpuseram uma colina. A história de Marconi
mereceu também significativas referências nas
páginas seguintes, onde se Será o incrível
progresso havido no mundo, graças ao telefone e
ao rádio sem fio
Em 1897, o inglês Oliver Joseph Lodge
inventou um dispositivo, o coesor, que consistia
num tubo de vidro dentro do qual eram colocadas
limalhas metálicas, suavemente comprimidas por
dois pequenos pistões de metal. A Patente desse
invento, que permitia uma melhor sintonia nas
emissões radiofônicas, selecionando um sinal
entre vários e impedindo que os diversos
transmissores interferissem entre si, foi adquirida
por Marconi, que por sua vez nesse mesmo ano, a
13 de julho, conseguiu enviar sinais telegráficos
através das ondas hertzianas, isto é, sem fio, a
uma velocidade de 300 mil quilômetros por
O ano de 1901 encontrou Porto Alegre
implantando o 1º Centro Telefônico à Bateria
Central, com rede de cabos subterrâneos, sistema
pioneiro na América do Sul (quinta cidade no
mundo). No dia 12 de dezembro daquele ano pela
primeira vez a comunicação radiotelefônica ligou
dois continentes: América do Norte e Europa; dois
anos após (1903), um telegrama daria a volta ao
mundo peta primeira vez, gastando nove minutos.
Em 1904, o inglês John A. Fleming
inventou a válvula termiônica, que permitiu
"detectar" sinais de rádio.


 Em 1905, o mundo pode comprova um
dos ângulos em que o telégrafo sem fio passaria a
participar do salvamento de vidas: o comandante
do navio "Republic" possibilitou o salvamento dos
seus passageiros graças ao primeiro dramático
pedido de socorro (CDQ — hoje SOS) de que se
tem notícia. A comunicação sem fio / telegrafia
teve participação histórica quando do
afundamento do luxuoso "Titanic", transatlântico
considerado inafundável, no dia 15 de abri de
1912).

Fonte: História das comunicações  e das  telecomunicações

 Prof. Pedro de Alcântara Neto

Universidade de Pernambuco - UPE

Escola Politécnica de Pernambuco - POLI

Departamento de Engenharia Elétrica - DEE

Curso de Engenharia de Telecomunicações